Relato de parto da Carol, parto da Clara

Queridas,

Esse parto aconteceu há 21 meses atrás, eu precisei de todo esse tempo para elaborar.

Há muito o que dizer, é um relato imenso, mas eu precisava compartilhar isso tudo com vocês.

Um beijo em todas, companheiras lindas de maternagem!


Confissão de um parto, relato de parto, ou o dia em que eu entendi meu parto.

O parto da minha filha foi a experiência mais transformadora da minha vida.
Eu penso em tudo o que vivi e agradeço por esse momento todos os dias, mas
ainda havia algo em mim que precisava ser esclarecido.



Minha filha, Clara, nasceu há um ano e nove meses e durante todo esse tempo
fiz mentalmente inúmeros relatos do meu parto. No entanto, havia algo que
me impedia de escrever, algo que eu não entendia e que portanto, não
poderia ser contado. Só agora esse relato pode acontecer.



Clara nasceu em casa no dia 17 de junho de 2010, linda, saudável e
tranquila. Tive meu sonhado PD, mas fui transferida 6 horas após o seu
nascimento para o hospital, eu não conseguia terminar o parto, minha
placenta estava retida e eu estava com hemorragia, era essa parte que eu
insistia em contar apenas como uma fatalidade e que não me convencia.



Engravidei no susto, chorei dois dias e logo depois disso entrei em uma
conexão profunda e transformadora com a minha filha. Eu já sabia que era
uma menina e já sabia que eu queria parir, eu queria, simples assim. Havia
em mim o acesso a uma essência de fêmea, de mulher selvagem, eu olhava para
aquele corpo se arredondando, minha filha crescendo dentro de mim e me
enchia de uma força que eu nunca tinha imaginado. A maternidade tem
fortalecido essa sensação a cada dia, mas eu posso ver claramente como tudo
isso começou a brotar.



Eu já conhecia o caminho das pedras pela história de amigos próximos que
viveram um parto humanizado e por observar a realidade de cesáreas de quase
todos ao meu redor. Passei por duas médicas que não eram capazes de me dar
o que eu queria, comecei a frequentar o Gama, conheci a Betina, mergulhei
nas leituras e na lista da Maternas e encontrei meu caminho.



Minha maior força nesse processo foi conhecer a minha fragilidade, eu sabia
que precisava de apoio e de boas condições para conseguir parir. Mas embora
eu já estivesse cercada do apoio que eu precisava, eu sabia que precisava
me enfrentar, eu era minha maior ameaça. Eu conhecia como ninguém a minha
dor, o meu medo e a minha insegurança. Só eu sabia o tamanho do medo e da
dor que existem dentro de mim e que o parto seria o encontro garantido com
tudo isso. Não era o medo da dor do parto, era o medo da minha dor. Eu
duvidava de mim todos os dias e sentia medo.



Foi o Marcelo, meu amor e companheiro que sugeriu um PD pela primeira vez.
Ele queria muito participar efetivamente desse nascimento e proporcionar um
ambiente acolhedor e respeitoso para mim e para a chegada da nossa filha.
Eu tinha todos os bons motivos para escolher um PD, mas havia um outro, eu
sabia que em casa a chance de conseguir ter um parto natural era muito
maior e eu precisava das condições mais propícias para aumentar as minhas
chances. Eu queria esse parto para a minha filha e para mim.

Embora duvidasse de mim todos os dias, eu afirmava, repetia e contava a
todos que ia ter um PN e que ia ser em casa. Fui criando uma espécie de
verdade, aquela crença de criança que inventa a história e começa a
acreditar nela, a medida que eu ia afirmando e contado meu parto eu
esperava que ele fosse se tornando mais real. Eu contava esse parto,
imaginava, sonhava e sentia medo. Tudo junto, todos os dias.



A gravidez foi maravilhosa, eu me sentia plena enquanto aquela barriga
crescia e minha filha ia se preparando para nascer, eu acessava através do
meu corpo e de toda essa vida que em mim habitava o contato com o sagrado e
com a mulher em mim, uma alegria inexplicável.



No dia 16 de junho (eu estava completando 38 semanas) acordei pela manhã,
eram quase 10 horas, sentindo algo parecido com uma cólica. Fui até o
banheiro, vi o tampão e comecei a sentir dor de barriga. Eu sabia que meu
TP estava começando, e dentro de mim já tinha certeza que minha filha
nasceria em breve. Nosso encontro estava próximo.



Liguei para a Betina e contei o que estava sentindo, eu nunca havia tido
contrações na gravidez, perguntei se era sinal de TP. Ela confirmou, mas
disse para eu ficar tranquila, podia demorar para engrenar. Disse que era
para descansar e levar vida normal. Eu disse que queria andar com o meus
cachorros (eu sabia que eles ficariam sem andar um tempo comigo depois do
nascimento da Clara e queria aproveitar), e ela, logicamente disse que eu
podia andar a vontade. Sai para a primeira caminhada do dia, eu, três
cachorros, sendo um meu Rotweiller, minha barriga, as contrações, minha
ansiedade e alegria, e claro, o medo, meu grande companheiro.



Liguei para o Marcelo e avisei que o TP tinha começado. Ele ficou em pânico
e me perguntava como assim, dizia que ainda estava cedo (a gente não
esperava um parto com 38 semanas) e por fim falou nervoso que ele ainda não
estava preparado. Eu sabia que ele só estava nervoso, que ia estar lá
comigo, o companheiro de sempre, mas na hora eu não sabia se batia nele, se
chorava ou se ria.




Almocei e liguei para a minha cunhada, a Carol. Ela ia fotografar meu
parto e estava em Itu, por isso precisava ser avisada meio logo. Expliquei
que o TP tinha começado, mas que podia demorar. Disse pra ela ficar
tranquila e que a gente se falaria mais tarde.



Depois disso eu fui sentindo meu corpo e ia percebendo a intensidade das
contrações aumentarem. Alguma coisa vinha lentamente, mas tinha uma força
diferente agindo em mim, uma agitação de água, de vida. Eu pensava na Clara
e ficava feliz que a gente ia se ver logo, eu imaginava seu cheiro, sentir
o calor, conhecer seu rosto, seu corpo. Fiquei sentada num sofá pensando em
tudo isso.



Depois, mais caminhada com os cachorros, eram quase 16 horas.



Teve uma hora que bateu um desespero com a casa, a gente tinha acabado uma
reforma há duas semanas e como achava que ainda tinha umas duas semanas pela
frente estava tudo uma bagunça. Eu fiquei triste que a Clara ia nascer numa
casa assim e liguei para uma amiga querida, a Fê, minha maga das flores.

Contei que a Clara ia nascer logo e que eu queria encher a casa de flores
para receber minha filha, precisava de um lugar lindo, minha filha merecia
beleza.

Ela, que é sempre cheia de amor e generosidade disse para eu ficar
tranquila, que ela ia providenciar as flores para mim e para a Clara.



Depois disso eu comecei a organizar as coisas (surto de parto). Pedi para o
Marcelo passar num mercado e comprar comida para mim e para e equipe, e
disse para ele passar na Telha Norte e comprar varão de cortina. Eu
realmente achava que a gente ia conseguir organizar a casa durante o
trabalho de parto.



Mais no final do dia as contrações começaram a pegar. O plano era avisar a
minha mãe só depois que a Clara nascesse e portanto eu precisava sair da
casa dela logo pra gente não se encontrar. No entanto, a Dona Fátima (uma
senhora linda que trabalhava lá) insistia em faze uma sopa pra mim, ela
dizia que eu precisava comer bem para ter forças. Combinamos que eu ia
tomar a sopa e que minha cunhada, a Valéria, ia me pegar e me levar pra
casa enquanto o Marcelo ia no mercado e na Telha Norte, a gente se
encontraria em casa.



Enquanto eu tomava a sopa minha mãe chegou, eu fiquei quieta, ia me
encolhendo quando vinha uma contração, e dava umas colheradas nos
intervalos. Me despedi da minha mãe e da Dona Fátima e fui pra casa. Lembro
que estava trânsito, eu ia sentindo dor no carro.



Chegamos em casa e a Betina que estava saindo de um parto do São Luiz foi
até lá me examinar, deixar o sonar e conversar um pouco. Eram umas 20
horas, ela fez um toque e disse que eu estava com 1cm de dilatação e que a
Clara estava encaixadinha (lembro do sorriso dela me dizendo isso, linda).

Combinamos que ela ia para casa tomar um banho descansar um pouco e que
mais tarde viria, e que qualquer coisa eu ligaria. A Valéria foi embora e a
gente ficou de avisar quando precisasse de ajuda, ou quando estivesse
próximo do nascimento.



A partir desse momento a dor começou a pegar. Eu buscava posição tentando
encontrar alivio, caminhava, agachava, apoiava no sofá de joelhos. Era uma
noite fria, o Má acendeu a lareira, trouxe cobertor, almofada, edredon,
montou um ninho pra mim na sala.....mas não era lá o meu ninho, eu corri
para o banheiro, sentei na privada e lá fiquei.



A Carol e meu irmão chegaram e eu lembro que embora eu já não conseguisse
conversar a presença deles me alegrou.



Eu fiquei na privada, fazia muito coco, sentia dor, tomava chá, pedia para
escutarem o coração da Clara, cronometrava as contrações, até que uma hora
eu disse para o Marcelo que queria ir para o chuveiro.



Subimos, a Betina tinha deixado uma bola, mas eu me atrapalhava e ainda
tinha que tomar cuidado com o ralo que a bola tampava fazendo subir a agua,
achei um saco e disse que não queria a bola, o Má trouxe pra mim uma
cadeira bem baixinha, de plástico.

Eu estava no chuveiro quando senti algo diferente, um ploft. Comecei a
gritar para o Marcelo que alguma coisa tinha acontecido, ele me perguntava
o que e eu dizia que eu não sabia. Era um medo grande tomando conta de mim,
até que eu entendi que a bolsa tinha rompido. Nessa hora eu fiquei em
pânico e pedi chorando para ele ligar para a Betina. Ela disse que já
estava a caminho, que já imaginava que eu estava precisando dela e que
chegaria em minutos.



Lembro que ela chegou e veio conversar comigo. Disse que eu estava bem, que
estava tudo dando certo, mas que eu tinha um longo caminho pela frente. O
Má preparou uma cama pra ela descansar e a gente combinou que eu chamaria
quando precisasse de ajuda.



Eu passei a madrugada toda no banheiro, na privada. Olhando para esse dia
eu sei que fazer coco é um processo natural do parto, mas me conhecendo, eu
posso afirmar que eu cagava de medo, eu cagava todos os meus medos.



Sim, eu sou protagonista em diversas áreas e momentos da minha vida, e eu
estava assumindo o nascimento da minha filha como um processo meu, também
do meu marido pois eu estava parindo a sua filha, mas era acima de tudo
meu.

Eu me coloquei nessa historia como protagonista, mas eu sabia o que isso me
custava, eu inventava a coragem e a força que eu achava que não existia em
mim. Eu duvidei de mim o tempo todo e dei a mão para o medo e para a
solidão e passei com eles essa madrugada inteira. Cada contração que vinha
era um mergulho em mim e eu tentava desesperada abrir caminho para minha
filha dentro do meu corpo, dentro dessa escuridão em mim.



O parto é um momento que nos dá a dimensão exata da potencia de um corpo e
da vida, mas também traz a dimensão precisa da nossa solidão e da morte,
aquele caminho só podia ser percorrido por mim e era só de mim que a Clara
dependia. Parir era morrer um pouco, era transformar, era virar outra
pessoa, conhecer a filha e a mãe.



Eram 6 da manhã quando eu pedi para chamarem a Betina. Ela veio pra perto
de mim a gente se olhou e eu comecei a chorar. Ela me perguntou por que eu
estava chorando e eu respondi que eu tinha medo de saber em que situação eu
estava. Ela me respondeu que só esperava que meu colo estivesse bem fino e
que se isso já tivesse acontecido estava tudo bem. Depois de me examinar
ela me avisou que eu estava com 3 cm de dilatação e nesse momento eu
desabei. Falei que eu não daria conta, que não estava dando.....Ela me
olhou, disse que poderia me ajudar, mas que seria doloroso e que eu
precisaria ajudar também. Nas contrações ela me ajudou a dilatar, doía e me
trazia alguma esperança. Ela me avisou que eu tinha chegado em 6 cm e que
dai pra frente a gente deixaria as coisas acontecerem naturalmente.



Foram momento difíceis, de dor e de cansaço, mas eu me lembro também de
alegrias, boas conversar, muito cuidado e carinho comigo. Eu recebi tanto
amor e apoio que sai do meu PD ainda mais confiante nas pessoas, eu sei o
que pessoas comprometidas e amigas podem fazer, sei até onde elas vão por
você.



E tinha o Marcelo lá, sempre do meu lado, me olhando, dizendo que eu estava
indo bem, me dando apoio com seu corpo, com seu colo, com a sua presença. A
gente se beijou, riu, eu chorei nos ombros dele, aquele homem que me via
ali revirada, alterada, frágil e forte ao mesmo tempo me oferecia sempre um
olhar de cumplicidade que eu nunca vou esquecer, eu lembro da alegria e da
ansiedade que o olhar dele revelava.



Lá pelas 10h eu cheguei nos 10 cm. Eu me lembro de muitos momentos em que
eu desistia e pedia ajudava, hospital, episio, anestesia, pancada na
cabeça, qualquer coisa e eu queria muito parar de fazer coco.

Lembro muito também da Betina me incentivando, ela me olhava e dizia que
era como se eu tivesse subindo uma montanha e que eu já estava chegando no
topo. Lembro que cada vez que ela ouvia o coração da Clara, ela me olhava
com um sorriso no rosto e dizia: Eita, menina. Minha menina estava lá
dentro, forte, aguentando, me dando força, nascendo! Lembro dos carinhos do
Má, do olhar de amor da Valéria, da postura forte da Carol, do mel, da
torrada, do sorvete, dos chás, das luvas cheias de agua que eles
esquentavam no microondas e colocavam na minha barriga e na minha lombar.
Lembro de uma massagem gostosa da Betina nas minhas costas, dos carinhos no
meu rosto, dos abraços do Marcelo, da Valeria rezando comigo. Lembro da
água no meu corpo, daquela barriga linda e amada que eu ia olhando e me
despedido..



Teve uma hora que minha mãe ligou, a Betina estava de frente pra mim (eu
estava num banquinho, dentro do box do banheiro) com o telefone na mão
porque ela tinha acabado de ligar para o Cacá avisando para ele vir e ela
atendeu.

Lembro dela respondendo que eu não podia atender, que estava ocupada e ai
minha mãe quis falar com todo mundo que estava na casa. O Marcelo convenceu
minha mãe a não vir e disse que avisaria assim que a Clara nascesse.



As meninas tiveram um trabalho insano para encher a banheira (subindo
panelas de baldes de água quente), eu entrei e achei horrível, sentia
aquela marca de água que acabava na altura do meu peito e voltei correndo
para o banquinho que me esperava no box.



Teve uma hora que eu virei para a Betina e falei que eu não ia fazer mais
nada, que eu não tinha mais força e que não ia mais fazer força. Ela me
olhou tranquila e me disse que tudo bem, que a Clara ia nascer se eu não
fizesse nada, mas que ela precisaria de mais tempo para fazer isso sozinha.
Ai eu pensei na minha filha nascendo sozinha, sem a minha ajuda, e percebi
que ainda havia força em mim e que essa história era nossa, a gente
precisava fazer isso junto, a gente se ajudava.



Quando a cabeça da Clara começou a aparecer a meninas vibravam, eu
comemorava também, mas ao mesmo tempo eu sabia que havia algo muito
importante para fazer e pensava: Essa menina precisa nascer, eu preciso
tirar ela dai.



Minhas contrações eram curtas e irregulares, eu não tinha tempo para fazer
força suficiente para empurrar a Clara, ela ficava indo e voltando no
canal. De novo bateu o desespero e a Betina veio falar comigo. Ela disse
que poderia me ajudar, mas que para isso precisaria me dar um pouco de
ocitocina. Perguntou como eu me sentia em relação a isso e eu disse que
topava qualquer coisa. Nosso combinado era que eu não queria nenhuma
intervenção, eu tinha pedido muito para me ajudarem a não tomar anestesia,
mas nesse momento eu realmente precisava de ajuda.



Talvez a partolândia me faça confusa, mas a lembrança que eu tenho é que
logo depois disso a Clara nasceu em 3 contrações. Eu estava de cócoras no
banquinho dentro do box, o Marcelo me dando apoio nas costas, a Betina no
chão de frente para mim. Não consegui olhar enquanto a Clara nascia, eu só
sentia.



Clara nasceu quieta, veio para os meus braços, eu senti aquele corpinho
quente, aquele cheiro de vida, de milagre, de Deus, de natureza, era o
cheiro do amor e eu nunca senti tanta vontade de proteger e de cuidar de
alguém. Vi seu rosto e achei ela linda. Eu e o Marcelo chorávamos tanto,
ela começou a chorar também e eu ia beijando seu corpinho, aninhando aquele
bebe no meu colo. Nasceu a mãe, nasceu a filha, o pai, a família!



A Betina pediu para o Marcelo cortar o cordão, eu questionei. Ela respondeu
que ja tinha parado de pulsar e que tinha que me tirar dali por que eu
estava sangrando. Entregaram a Clara para o Cacá e me carregaram para a
minha cama.



Na cama, eu não conseguia expelir minha placenta e para dizer a verdade, eu
não tentei. Depois do nascimento da Clara eu não tinha mais força e me
entreguei numa atitude de submissão e cansaço, eu queria ser cuidada, eu
queria que resolvessem aquilo por mim (exatamente o oposto do que eu queria
viver) e não fiz absolutamente nada para tentar reverter esse quadro. Hoje
sei que minha retenção de placenta está relacionada com tudo isso,
sobretudo com o meu medo de terminar o parto, com a minha relação com a
minha família e com a minha mãe, e também com a minha exaustão.



Fui para o hospital fazer uma curagem, fiquei longe da Clara por algumas
horas (o que doeu horrores) e nos encontramos novamente às 23h num quarto
de hospital, ela dormia lindamente.



Esse parto me doeu e me alegrou durante todo esse tempo, eu vivi um PD,
fiquei rodeado de pessoas maravilhosas, minha filha nasceu num ambiente de
amor e respeito. Mas eu também vivi a frustação do descontrole, do
inesperado, e sobretudo, a dor de lidar com meus limites, de me conhecer e
me enfrentar.



Hoje eu entendo que esse parto é igual a vida e é igual ao que eu sou, sendo
assim eu agradeço e aceito. E mais do que isso, eu celebro a vida da minha
filha, as vitórias que eu alcancei, o parto que eu consegui realizar. Eu vi
minha filha nascer, eu pari, a peguei no meu colo e senti o seu cheiro.
Senti o cheiro da vida e do amor. Chegou o tempo de entendimento e de
superação, tempo em que o corpo e a vida já chamam por mais vida. Viva a
maternagem!



Para a Clara

Para o Marcelo

Para a Carol

Para a Betina

Para a Valéria

Para o PC

Para a Fê (que encheu o quarto do hospital e a minha casa de flores)

Para as maternas

Para a Ana Cris

Para a minha mãe



Com todo o amor e gratidão.




Com todo o amor e gratidão.
Carol Mendes, da Clara (21 meses, PD)

4 comentários:

  1. Lindo relato Carol. Com crescimento pessoal pra todos. Super bjs

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  2. Lindo relato!! Lindo lindo mesmo!! O meu parto foi natural, mas em hospital, rodeado por pessoas estranhas..um PD realmente era um sonho meu, mas não foi possível.
    Bjs!

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  3. Parabens pela força e coragem. Um dia eu chego lá!

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  4. Meu parto tb foi normal em um hospital aqui no Japão, fiquei muito chateada o médico que fiz o pre Natal nao apareceu na hora que minha filha nasceu mas a enfermeira/parteira me ajudou bastante hj em dia quando vou fazer exame de rotina cruzo com o médico e ele faz que nem me conhece, só depois que tive minha filha que senti o quanto e importante fazer especial essa hora com pessoas que confiamos e que nos sentimos seguras, meu próximo bebe tb quero um parto especial!muito lindo o relato do seu parto!bjuss

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